quinta-feira, 18 de junho de 2009

Claustrofobia olfativa

Eu nasci com um dom. O dom de fazer m*@#%! Acho que não há um dia em minha longa vidinha em que eu não tenha feito algo, do qual eu me arrependa... Tá, arrepender não. Mas rir.
Meu pai costuma dizer que não tenho muita prática pra viver em sociedade. Mas como é a minha mãe a socióloga, eu acho que tá tudo bem.

Hoje, a minha aprontação foi simples até. Cheguei aqui no prédio da empresa que eu trabalho e entrei no elevador. Entrei e encostei no fundo, ouvindo meu iPod, calma e em paz...
Pronta pra me estressar no trampo. Eis que, sinto aquele odor. Sim, AQUELE odor! Quem não aguentou e soltou um baita peidão, no único lugar do mundo em que isso chega a ser um crime contra a humanidade? Ok, vamos relevar. Só que, eu trabalho no 17º andar, até lá, com todas as paradas e demoras pra plebe entrar... Bem, vocês imaginam a demora.
Novamente, o odor se torna intenso. Não basta flatular uma vez, tem que empestiar o ambiente DUAS VEZES? Aí é demais... Decidi procurar o desgraçado, ou desgraçada. Whatever...
Fui fungando, procurando o cheirinho. Do lado, na frente. Atrás não, pois não tinha ninguém atrás.

Amigos leitores, imaginem a cena. Eu, Annezinha, toda linda indo pro trabalho de terninho preto e tal, fungando no ombro do cara da diagonal direita. Claro que, o cara olhou pra trás e, me encarou no olho.

O que eu faço numa situação dessas? Finjo que não fiz nada, ignoro e continuo cheirando... Tantas hipóteses, todas ruins. Mas nenhuma, pior do que o que eu decidi fazer.

- Pois não? - perguntou o cara.
- Ah... Não, nada não. Só gostei do seu perfume! - Lhe respondi com um sorriso idiota na cara.

Tudo bem. Ele virou pra frente. E quando estávamos chegando ao 15º andar que caiu a ficha. Eu disse que gostei do perfume, num ambiente fedendo a pum, fedendo a urubu sem banho?
Agora além de atrevida, eu sou uma tarada cheiradora de peidos. ¬¬

Só me resta torcer pra que não tenha sido ele. Já pensou, ele me procurar no prédio pra me perguntar: e aí, quer dar uma cheiradinha?

Pior que, com a minha sorte, eu não duvido nada.