quinta-feira, 1 de maio de 2008

Oras...

O território sempre foi, e sempre será, muito importante em nossas vidas. Tanto para homens, como para mulheres. Que cara não ficou meio grilado com a namorada na rua toda bonitona? E que mina não ficou pedeguenta em casa, pensando onde estaria o namorado? Essa questão territorial passa da esfera geográfica pra emocional num instante de segundos. Mas pior do que isso, é quando ela continua geográfica, e passa pro emocional burro. Como aconteceu hoje comigo.

Na faculdade, la no bloco da comunicação social, já faz dois anos quase que nós - eu e a cambada de desocupados - temos posse territorial de uma banquinho de praça, e um espaço no corredor aberto. Esse espaço, nós chamamos carinhosamente de cracolândia. Não, não tem nada a ver com a droga crack - antes que a PF passe por aqui e mande bloquear o blogger também. Têm mais a ver com a quantidade de malandragem que permeia por ali. Só tem craque em matar aula. Craque em filar lanche dos outros. Craque em discutir o indiscutivel, e de questionar a maioria das afirmações. Ou seja, craque em porra nenhuma. Mas então, o nosso território têm passado por sérios problemas. Primeiro que, a turma da manhã - aquele bando de filhinho de papai que não trabalha nunca - rouba o nosso banco, todo santo dia. Mas nós somos brasileiros e não desistimos nunca. Pegamos o banco de volta e o colocamos em seu devido lugar.

Mas ontem, o banco não só estava longe, como também acabado. Os caras foderam nosso banco, tem noção? É como você chegar dando pescotapa no Cid Moreira enquanto ele dá boa noite. Acaba com a moral do cara. E a nossa esteve em jogo pela primeira vez.
E foi ai que começou a maior operação independente daquela faculdade.

O plano era fácil, muito fácil. Fácil pra eu, você, e todo mundo cantar junto. A gente ia simplesmente pegar o banco, e parafusar ele na cracolândia. Assim, nenhum metido a besta ia tratar de pegar o banco. E lá vai gente no celular, ligando pra fulano que tem broca, outro que tem parafusadera elétrica. Quando vi, tinha um canteiro de obras ali no meio. E era perfuração pra cá, martelada pra cá. Algo digno de documentário na Discovery Channel. E o melhor de tudo, é que ninguém planejou. Ninguém tramou. O sentimento de revolta surgiu do nada, em todos nós.

É tão legal essa união. Dez marmanjos, com o orgulho ferido por causa de um banco, se mexendo pra fazer algo besta. Parafusar um banco no chão.
Bom, o banco ta lá agora. E ninguém tirou ele do lugar. Mas isso não vai acabar por aqui, tenho certeza.

No próximo campeonato de futebol da faculdade, a gente vai escalar o time completo. Incluíndo o time B, responsável por 3 fraturas e 15 lesões alheias no último campeonato. Porque nós somos o P.F.C! Publiciotários Futebol e Caos. E essa galera da manhã, vai ter que comer muito feijão com arroz e danoninho pra aguentar. Ah, se vai.

Não falei que era emocional burro?